https://saude.abril.com.br/fitness/tai-chi-chuan-e-ioga-evitam-um-segundo-avc/

 

As duas práticas de origem oriental se mostraram efetivas na prevenção de um novo derrame

Por Theo Ruprecht

 

O tai chi e a ioga são os novos aliados de pessoas que sofreram um AVC (Ilustração: Marcus Penna/SAÚDE é Vital)

Cerca de 40% dos pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC) vão sofrer com um segundo episódio. Para piorar, uma nova rutura ou bloqueio dos vasos sanguíneos do cérebro costumam ser ainda mais drásticos.

Mas há maneiras de manejar os riscos de um derrame por meio do uso de remédios e mudanças no estilo de vida. Nesse contexto, pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, acabam de comprovar que o tai chi e o ioga podem integrar o rol de cuidados.

Após revisar 26 estudos sobre essas atividades, eles concluíram que a dupla ajuda a regular a pressão arterial e baixar o colesterol. “Além disso, minimizam a ansiedade e a depressão, fatores que também estão relacionados ao AVC”, observa a médica Tharshanah Thayabaranathan, principal autora do trabalho.

 

O que é ioga

Desenvolvida ao longo de milênios na Índia, mescla exercícios físicos e posturais com meditação e treinos de respiração. Hoje em dia, ecistem diversas vertentes, das mais tradicionais, àquelas feitas em pranchas de surf ou em saunas.

 

E o que é o tai chi chuan

Arte marcial chinesa conhecida como uma forma de meditação em movimento. Braços, pernas e tronco se movem devagar pelo espaço seguindo muitas vezes as orientações de um instrutor. Traz tranquilidade e equilíbrio.

https://saude.abril.com.br/fitness/pratique-tai-chi-chuan-para-combater-a-fibromialgia/

 

Estudo mostra que essa prática milenar é tão ou mais benéfica que os exercícios aeróbicos tradicionais no alívio da dor e de outros sintomas

Por Maria Tereza Santos

 

A atividade física em geral tem papel fundamental no tratamento da fibromialgia – doença cujo principal sintoma é a dor espalhada pelo corpo, sem motivo aparente. Porém, um estudo do Hospital Universitário da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, revelou que o tai chi chuan é especialmente positivo, mesmo quando comparado aos exercícios aeróbicos

Os cientistas avaliaram, por 52 semanas, 226 pacientes que não experimentaram o tai chi ou qualquer tipo de tratamento alternativo nos seis meses anteriores e que sentiam dores crônicas, em média, há nove anos.

Aí, 151 voluntários ficaram de praticar a arte marcial por 12 ou 24 semanas, podendo escolher ainda se iriam para a aula uma ou duas vezes a cada sete dias. Os outros 75 passaram a realizar exercícios aeróbicos duas vezes por semana, durante oito meses.

Antes de começarem a rotina de treinos, todos responderam um questionário sobre o impacto da fibromialgia na vida – e voltaram a preenchê-lo outras três vezes até o fim do experimento. Cabe destacar que esse método é usado para avaliar o grau de sintomas físicos e psicológicos do transtorno, como intensidade da dor, função física, fadiga, depressãoansiedade e bem-estarno geral.

A boa notícia é que, ao final de 52 semanas, todos os participantes apresentaram melhoras. Em outras palavras, enfrentar o sedentarismo ajuda a combater a fibromialgia.

Mas… o tai chi alcançou uma pontuação significativamente maior no geral. E mais, quem optou por praticar a arte marcial por 24 semanas colecionou benefícios adicionais em comparação com os indivíduos que pararam nas 12 semanas. Por outro lado, não houve grande diferença entre aqueles que reservaram um dia ou dois na agenda para essa atividade física.

Em Fevereiro de 2017, a Federação Portuguesa de Tai Chi e Chi-Kung Terapêuticos foi contactada pela Faculdade de Motricidade Humana (FMH) com o intuito de estabelecer um protocolo de cooperação entre as duas entidades. Mais especificamente, foi solicitada à FPTCT a participação no módulo de “Fitness: Introdução às atividades de Body & Mind”, no âmbito da disciplina de Didática das Atividades Físicas e Desportivas, sob a forma da orientação de três aulas de Tai Chi Chuan, constituídas por conteúdos teóricos e uma parte prática.

A Direcção da Federação elaborou o conteúdo das aulas para apresentação e o material de apoio ao estudo e avaliação dos alunos num curto espaço de tempo, para corresponder à solicitação da FMH, surgida em pleno ano lectivo.  Foi com gosto e empenho que a Direcção da Federação procurou encontrar a melhor abordagem teórica, pedagógica e didáctica de ensino, tendo em conta os professores convidados para a sua leccionação e a  missão e actividade da FPCT.

As três aulas ministradas pela equipa de professores, provindos das várias Associações, uma no dia 21 de Fevereiro, e as outras duas no dia 23 de Março, decorreram num ambiente alegre, coordenado, de trabalho dinâmico conjunto, que se transmitiu aos alunos e que motivou novas ideias e sugestões para o próximo ano .

A motivação e empenho dos alunos foi sempre uma constante nas 3 turmas, conforme podemos ver nas fotos e no vídeo que seguem.